domingo, 14 de dezembro de 2008

TRIBUTO A ROBERTO PIVA


"sou um poeta na cidade e não da cidade"
Roberto Piva, poeta paulista, autor de "Ciclones"








Nesta pequena prosa-poética
resolvi cantar `a obra
do poeta paulista Roberto Piva.

Por favor, não exijam um tratado científico
porque como saí recentemente
de uma casa de repouso,
estou tendo dificuldade de ler, por favor



não exijam além do que consigo fornecer.
Aliás a manutenção desse site
funciona para mim como uma confluência
entre terapia ocupacional
e a Arte-terapia.


Eu só estou tentando tecer loas
ao poeta paulista.


Roberto Piva
surge no cenário da literatura
brasileira
quando a contracultura dos países
ricos chegou por aqui.

Por isso, Roberto Piva
aproveitou a semeadura da época
e fascinado pelos novos movimentos
emergentes (black empowerment, gay empowerment,
womens lib, student movement).

Começou a se aproximar do anarquismo peculiar
desses novos movimentos sociais.


Roberto Piva
em sua obra poética regurgita pedaços inteiros de mitologias antigas e pré-modernas.
porque a sua poesia é pagã.Tem fascínio por certos mitologemas (na fraseologia de
Claude Levi-Strauss)da cultura greco-romana, egípcia, porém o poeta demonstra uma
fascinação algo satânica pela cultura dos povos pré-colombianos.

Assim, em sua obra, Piva faz o que alguns críticos etiquetaram sua obra de poesia xamânica.

E que tipo de xamã
é Roberto Piva ?
É um xamã bem preparado, do tipo que sabe numa selva, onde se encostar para limpar o suor da testa, tomar água (se é que ainda existem lugares tão intocados assim, onde você pode encontrar riachos, rios de água cristalina não corrompidos pela poluição ou especulação imobiliária).

Roberto Piva sabe toddos os mistérios que escondidos em cada folha da mata.
Piva sabe lidar com os "pharmacos". Tirar dele elixiris de cura ou de morte.

Seus meninos irresponsáveis tomando
curare
longe dos olhos do pajé.

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