quinta-feira, 2 de abril de 2009

PORTAS FECHADAS E ENTRE-ABERTAS


Este será mais um poema vacilando entre a poesia e a prosa

Será mais um poema

que glosará

sobre as portas fechadas

que tenho encontrado pela vida.


E sobre algumas portas apenas entre-abertas.

Ás vezes até vejo casarões que poderiam me acolher

e que não me acolhem.

Fico do lado de fora,

batendo no seu portão,

vendo seu cadeado

e tomando sol ou chuva

porque já está cientificamente

comprovado

que sou mais um futuro desempregado

e sem poder de compra

mais um

e nada mais


Fortaleza e seus joguinhos de cartas marcadas.

Seus concursos públicos cheios de bastidores privados.

Não faço parte de nenhuma máfia

e por isso fico endividado.


Nenhum comentário: