Blog de crítica cultural e criação poética. Propõe o controle social da produção em escala transnacional.Questiona a sociedade pautada pelo dinheiro, valor, trabalho, representação política, capital, mercadoria, estado e outras categorias imanentes à sociedade produtora de mercadorias. Exibe exegese bíblica não-cristã para descristianizar as subjetividades.Exibe pesquisas sobre sistemas simbólicos das religiões da diáspora negra.Exibe estudos LGBTT numa abordagem anarco-punk queer.
segunda-feira, 30 de junho de 2008
BECK: O ANTI-FOLK
Este estudo mergulha na obra do compositor e cantor americano Beck Hansen, ou simplesmente, Beck, como assina em seus discos.
Beck nasceu em 8 de Julho de 1970 em Los Angeles.Filho de uma atriz e de um músico.Nasceu, então, num ambiente que o incentivava a cultivar as artes e o interesse pela música, especialmente folk (remanescente da zona rural trazida pelos imigrantes irlandeses) e blues (uma musicalidade negra, cultivada pelos camponeses descendentes de escravos da região do Mississipi).
Aos 14 anos já tocava violão e durante a adolescência acampanhou o surgimento da era hip hop de Los Angeles.
Depois passou a morar com seus avós em Kansas, onde seu avô era um pastor da igreja presbiteriana.Em seguida, ele passa um tempo na Europa com seu outro avô, o também artista Al Hansen.Nessa época, Beck tocava violão com influência do blues do Mississipi, com letras improvisadas.
Beck saiu da escola aos 16 anos e depois muda para Nova York já decidido a seguir na música.
Naqueles tempos, surgiu no East Village em Nova York um movimento underground chamado 'anti-folk' que combinava a sonoridade folk com a estética e atitude do punk.
Então está formada toda a paleta musical de Beck: passando do folk ao blues do delta do Mississipi, os hinos presbiterianos, além do punk com letras improvisadas.
'Mellow Gold' álbum de estréia no início de 1994 contendo 'Loser'. A crítica considerava 'Loser' um hino da 'slacker generation' (ou geração da preguiça ou relaxada, uma variação do termo 'generation X', muito usado nos anos 90 que denominava uma geração marcada pela apatia).
Mas Beck nessa época vivia em um galpão infestado de ratos e trabalhava em uma locadora de vídeo de subúrbio, ganhando um salário risível. Ele mesmo diz em entrevistas que nunca foi um 'slacker' porque era obrigado a trabalhar em péssimos ambientes, chegou a morar de favor, dormindo em sofás velhos.
'Odelay' o segundo álbum oficial reunia colagens de diferentes referências, unindo Bossa Nova (existe um sample de 'Desafinado' de João Gilberto), trechos de seriados americanos tipo Sessão da tarde, música árabe, entre outros ruídos e timbres esquisitos.
No disco 'Sea Change', Beck tentou exorcizar a ressaca provocada pelo ataque das torres gêmeas em 2001.Sim! aquele ataque encomendado pelo governo americano para legitimar a gestão do açogueiro cristão George W. Bush.
Beck faz um primoroso trabalho de pesquisa musical e em seus videoclipes ele transoborda toda a criatividade que ele tem.
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