Blog de crítica cultural e criação poética. Propõe o controle social da produção em escala transnacional.Questiona a sociedade pautada pelo dinheiro, valor, trabalho, representação política, capital, mercadoria, estado e outras categorias imanentes à sociedade produtora de mercadorias. Exibe exegese bíblica não-cristã para descristianizar as subjetividades.Exibe pesquisas sobre sistemas simbólicos das religiões da diáspora negra.Exibe estudos LGBTT numa abordagem anarco-punk queer.
quinta-feira, 5 de junho de 2008
OGUM CORTEJA IANSÃ
Ogum viu aquela arrumação.De dentro do búfalo branco, saiu aquela jovem bela.Ogum já era um homem vivido, experiente e solitário, mais preocupado com o trabalho.E viu na bela jovem a oportunidade de amar e ser amado.
Ogum foi para a feira do vilarejo africano.Lá viu Yansã na banca do raizeiro.A moça procurava patchouli para fazer um perfume e seduzir os homens.
Ogum começou a saber os segredos da bandida.E ficou perdidamente apaixonado.Aproximou-se.
- Bom dia! Moça.
Ela retrucou:
- O sr. não devia falar com uma desconhecida.
Ogum respondeu paciente:
-Você era desconhecida, agora pode encontrar em mim uma mão amiga e um braço de homi trabalhador.
-Nossa! como o sr. é direto.
Ogum continou sem muita sutileza:
-Preciso de uma fême que faça comida pra mim, enquanto trabalho na forja, sou ferreiro, ao seu dispor.Posso fazer qualquer coisa que sua imaginação mandar: um portão de cemitério, uma cadeira elétrica, um cadafalso de inox, enfim qualquer coisa.Peça.
-Eu preferia que o sr. me deixasse em paz.
Na verdade, a bela jovem tinha medo de envolver profundamente com qualquer homem, pois temia que soubesse seu "segredo".
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário