segunda-feira, 10 de setembro de 2007

O ESNOBE "PINK MONEY" GAY


Achei interessante ser essa uma das preocupações da APHM.Particularmente penso que qualquer protagonismo é ruim.Porque protagonismo é ativismo.E ativismo é toda prática espetacular (no sentido debordiano do termo)e alienada do cotidiano de quem "faz" e pior ainda de quem "assiste".O protagonismo pressupõe espectadores passivos e atores extravagantes.Não quero ser visto como palhaço nem quero divertir a burguesia de graça com atitudes bizarras.Deixem que os burgueses heteros sejam seus próprios palhaços no circo deplorável de suas vidas vazias.As paradas gays estão completamente esvaziadas de sentido, a despeito de terem crescido quantitativamente.Já não se fala em Stonewall (que gerou o orgulho gay) mas sim faz-se a apologia do "pink-money".O capitalismo soube cooptar a rebeldia gay e transformá-la num lucrativo e perverso nicho de mercado.Uma boa ilustração disso são os hóteis criados para servirem a clientela gay.Geralmente os gerentes destes hóteis tratam os gays de forma excelente, até porque também são gays.Entretanto, o "pink-money" desses gays endinheirados e geralmente pedantes, serve para manter uma estrutura de exploração toyotista dos empregados do hótel (sejam eles heteros, gays ou qualquer outra categoria...não interessa).É isso que chamo de cárater perverso do "capital gay".Por isso, o protagonismo nada mais é do que uma forma de mercantilizar o desejo homoafetivo com propagandas de boites, resorts, restaurantes etc. e garantir a perpetuação de toda uma cadeia perversa. alienada e alienante de exploração.Charles Odevan Xavier

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