Este estudo pretende traçar um panorama da obra poética do poeta e professor cearense Linhares Filho. Busca analisar quais são os interesses temáticos da obra do poeta de Lavras da Mangabeira, assim como investigar seus procedimentos formais e devassar suas obssessões e recorrências.
Usamos como fonte de consulta a principal obra "Itinerário:Trinta anos de poesia" que reúne os livros publicados entre 1968(Sumos do Tempo) a1998 (Rebuscas e reencontros).
Neste estudo consultamos também um pequena fortuna crítica que reúne estudos de Braga Montenegro, Otacílio Colares, Artur Eduardo Benevides, Horácio Dídimo, Almeida Fischer, Francisco Carvalho, Sãnzio de Azevedo, Ítalo Gurgel, Dimas Macedo, Carlos Augusto Viana, Márcio Catunda sobre a obra do autor de Tempo de colheita.
Existem diversos caminhos para se analisar a obra de um escritor. Um caminho possível é o de procurar situar o poeta em relação ao seu tempo e situando identificar em que medida sua obra confirma ou nega as expectativas de sua época.
Outro caminho é o de relacionar autor e obra com a latitude de onde saiu. Assim, veríamos na obra do poeta cearense de que modo ela canta questões peculiares do Ceará ou, pelo contrário,
de que forma ela se alheia delas.
Linhares Filho surge a partir do Grupo Literário Sin e com o livro "Sumos do tempo" em 1968. Entretanto, tentar explicar a obra a partir doa geração de 60 e da forma pela qual ela se expressou no grupo de escritores cearenses não ajuda muito. Até pelo fato de que o grupo Sin reuniu autores e estilos tão díspares entre si, que não conseguimos ver um sentido de unidade formal ou temática.
Linhares Filho faz uma poesia grave, nostálgica e elegíaca, marcada por um telurismo de canto á terra natal e fundas recordações da infância, como exibe momentos de profunda reflexão metafísica, dado talvez pela influência contundente de Heidegger. Tudo vazado em formas fixas numa dicção classicizante de quem leu autores clássicos portugueses ou em versos livres de quem é leitor de Drummond, entre outros modernistas.
Embora tenha surgido na época do Concretismo e da poesia engajada da década de 60, a poesia de Linhares Filho é avessa aos experimentalismos gráficos haroldianos e o compromisso militante, ainda que não seja uma poesia alienada, como se vê no poema O Jornaleiro que fala do duro cotidiano do trabalho infantil. É que o compromisso do poeta cearense é com a valorização do homem e não em apresentar este ou aquele programa político específico de salvação. Nisso sua obra revela uma continuação dos temas e formas da geração de 45.
Usamos como fonte de consulta a principal obra "Itinerário:Trinta anos de poesia" que reúne os livros publicados entre 1968(Sumos do Tempo) a1998 (Rebuscas e reencontros).
Neste estudo consultamos também um pequena fortuna crítica que reúne estudos de Braga Montenegro, Otacílio Colares, Artur Eduardo Benevides, Horácio Dídimo, Almeida Fischer, Francisco Carvalho, Sãnzio de Azevedo, Ítalo Gurgel, Dimas Macedo, Carlos Augusto Viana, Márcio Catunda sobre a obra do autor de Tempo de colheita.
Existem diversos caminhos para se analisar a obra de um escritor. Um caminho possível é o de procurar situar o poeta em relação ao seu tempo e situando identificar em que medida sua obra confirma ou nega as expectativas de sua época.
Outro caminho é o de relacionar autor e obra com a latitude de onde saiu. Assim, veríamos na obra do poeta cearense de que modo ela canta questões peculiares do Ceará ou, pelo contrário,
de que forma ela se alheia delas.
Linhares Filho surge a partir do Grupo Literário Sin e com o livro "Sumos do tempo" em 1968. Entretanto, tentar explicar a obra a partir doa geração de 60 e da forma pela qual ela se expressou no grupo de escritores cearenses não ajuda muito. Até pelo fato de que o grupo Sin reuniu autores e estilos tão díspares entre si, que não conseguimos ver um sentido de unidade formal ou temática.
Linhares Filho faz uma poesia grave, nostálgica e elegíaca, marcada por um telurismo de canto á terra natal e fundas recordações da infância, como exibe momentos de profunda reflexão metafísica, dado talvez pela influência contundente de Heidegger. Tudo vazado em formas fixas numa dicção classicizante de quem leu autores clássicos portugueses ou em versos livres de quem é leitor de Drummond, entre outros modernistas.
Embora tenha surgido na época do Concretismo e da poesia engajada da década de 60, a poesia de Linhares Filho é avessa aos experimentalismos gráficos haroldianos e o compromisso militante, ainda que não seja uma poesia alienada, como se vê no poema O Jornaleiro que fala do duro cotidiano do trabalho infantil. É que o compromisso do poeta cearense é com a valorização do homem e não em apresentar este ou aquele programa político específico de salvação. Nisso sua obra revela uma continuação dos temas e formas da geração de 45.
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