SOBRE CLARICE, HILST E NOLL
É sábado. É madrugada.
Hoje na casa de um grande amigo (o Ossimar) vi o filme "300", vi um dvd com um especial sobre Clarice Lispector e mostrei ao meu amigo os vídeos que produzi no You tube.com.
Ele não entendeu porque eu tenho tanta fixação por produzir material em língua inglesa, já que eu critico tanto o capitalismo.
Não tive tempo de explicar bem o assunto. Mas ele achou bonito as imagens.
Também vi um especial sobre Clarice Lispector da TV CULTURA gravado em DVD. Tem trechos da última entrevista dela e trechos com análises de uma crítica literária.
Fiquei pensando se no meu caso tivesse um útero, será que minha literatura seria diferente da que produzo? No que a presença ou ausência de útero promove este ou aquele texto? Esta ou aquela escritura?
Por que não trabalhar Hilda Hilst no Mestrado? Porque ela é tão adorável e tem um texto tão vigoroso e viril que parece um macho escrevendo.
Será que isso dá samba? Existe uma escrita feminina? ou seja, quando o texto é erótico ou pornográfico é um macho falando e quando é intimista e introspectivo é coisa de mulher? Mulher pode falar putaria, bandalheira? Hilda Hilst fez isso.
Patrícia Mello no romance "O matador" também escreveu um livro brutal do ponto de vista de um pistoleiro urbano.
E a literatura gay?João Gilberto Noll, Caio Fernando Abreu escreveram como homens, mulheres ou gays? Quem são gays: os autores, o assunto ou os personagens?
A gente escreve com o corpo? Será que é possível falar em texto literário totalmente isento da materialidade corporal de quem o produziu? Ou seja, será que existe texto sem identidade? Um texto amorfo, portanto.
É sábado. É madrugada.
Hoje na casa de um grande amigo (o Ossimar) vi o filme "300", vi um dvd com um especial sobre Clarice Lispector e mostrei ao meu amigo os vídeos que produzi no You tube.com.
Ele não entendeu porque eu tenho tanta fixação por produzir material em língua inglesa, já que eu critico tanto o capitalismo.
Não tive tempo de explicar bem o assunto. Mas ele achou bonito as imagens.
Também vi um especial sobre Clarice Lispector da TV CULTURA gravado em DVD. Tem trechos da última entrevista dela e trechos com análises de uma crítica literária.
Fiquei pensando se no meu caso tivesse um útero, será que minha literatura seria diferente da que produzo? No que a presença ou ausência de útero promove este ou aquele texto? Esta ou aquela escritura?
Por que não trabalhar Hilda Hilst no Mestrado? Porque ela é tão adorável e tem um texto tão vigoroso e viril que parece um macho escrevendo.
Será que isso dá samba? Existe uma escrita feminina? ou seja, quando o texto é erótico ou pornográfico é um macho falando e quando é intimista e introspectivo é coisa de mulher? Mulher pode falar putaria, bandalheira? Hilda Hilst fez isso.
Patrícia Mello no romance "O matador" também escreveu um livro brutal do ponto de vista de um pistoleiro urbano.
E a literatura gay?João Gilberto Noll, Caio Fernando Abreu escreveram como homens, mulheres ou gays? Quem são gays: os autores, o assunto ou os personagens?
A gente escreve com o corpo? Será que é possível falar em texto literário totalmente isento da materialidade corporal de quem o produziu? Ou seja, será que existe texto sem identidade? Um texto amorfo, portanto.
2 comentários:
Comentar escritos significa querer entrar na intimidade de alguém e querer modifica-la. Comentar um texto seria verificarar a sua ortografia e gramática para mostrar que se sabe mais que o escritor. Comentar o que se leu significa entender, à nossa maneira, o que o escritor quis transmitir. Captar a mensagem é difícil. Seria, portanto, mais fácil parabenizar ao escritor por uma leitura agradável. Valeu, macho!
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