segunda-feira, 8 de outubro de 2007

A SECA NORDESTINA


Moro no litoral
abençoado por chuvas e um clima ameno.
Mas o sertanejo passa fome e sede
e a enxada encosta na rocha tilintando

O sertanejo e sua rês esperam o carro pipa do exército
esperam o inverno vindouro
e ele não chega
passam necessidade
abandona a casa
deixando até o mobilário

o poder público incompetente ou ausente
não traz comida ou consolo
o sertão seco com seu solo salino e raso
me comove
O cearense foge
e eu só apenas um professor do município
que poderei eu fazer por ele?
Impotente espero um dia
que a permacultura indígena
salve o sertão da inclemência da seca

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